A Secretaria da Saúde do
Estado do Ceará divulgou informe epidemiológico da mortalidade infantil, datado
de 2 de abril, ao qual tem por objetivo apresentar a evolução histórica da
mortalidade infantil (MI) no Estado do Ceará, a partir dos dados do Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM), no período de 1997 a 2011. O boletim revela uma
redução de 61%, entre 1997 e 2011, quando apresentava 31,6 de mortes.
Atualmente, 8,7% das mortes acontecem no período neonatal e 3,6% no pós
neonatal (risco de óbitos entre 28 dias e 11 meses de idade). Segundo a
Secretaria, o risco de morte de crianças menores de 28 dias (óbitos neonatais)
representa a maior parte dos óbitos menores de 1 ano, chegando a representar
69% dessas mortes no ano de 2011.
Ao avaliar as causas
evitáveis percebe-se que o maior desafio está na atenção primária, relacionado
com assistência ao pré-natal, seguida da assistência ao recém-nascido, que
resulta em 67% de todas as causas evitáveis.
A microrregional de Acaraú
apresentou percentual de 80% de óbitos notificados como evitáveis, indicador
superior à média do Estado. Além disso, na investigação oportuna dos óbitos
infantis, considerando a meta de investigação pactuada para o ano de 2012, a
12ª CRES/Acaraú alcançou um mínimo de 80% dos óbitos infantis investigados
oportunamente.
Segundo dados da Secretaria
da Saúde, no ano de 2012, foram notificados na 12ª CRES/Acaraú o total de 24
óbitos infantis evitáveis, sendo 12 notificados em 30 dias (50%), 19
investigados, 16 investigados (79,2%) em
120 dias, sendo registrados 84,2% de casos investigados em 120 dias.
No geral, os indicadores são
positivos no Estado, sendo registradas entre 1997 e 2011, uma redução de 61% no
período analisado, passando de 31,6 em 1997 para 12,3 óbitos por 1.000 nascidos
vivos, no ano de 2011.
O documento aponta que a
Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é utilizada para estimar o risco de morte
dos nascidos vivos durante o primeiro ano de vida, refletindo as condições de
desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e
a qualidade dos recursos disponíveis para a atenção à saúde da população
materna e infantil, principalmente ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
Aleitamento
Entre os fatores que contribuem
para a redução da mortalidade infantil no Estado estão o aumento da cobertura
vacinal da população, o uso da terapia de reidratarão oral, o aumento da
cobertura do pré-natal, a redução contínua da fecundidade, a melhoria das
condições ambientais, o aumento do grau de escolaridade das mães e das taxas de
aleitamento materno e a ampliação de rede de assistência. Segundo estudos do
IBGE, o Ceará foi o Estado que mais diminuiu a mortalidade infantil no país.
Isso com base em dados de 2010. Em segundo lugar está o Rio Grande do Norte,
com a TMI de 13,4. A Paraíba vem em terceiro lugar, com a taxa de 14,5 por mil
nascidos vivos.
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