Há exatamente 15
anos, os jornais em circulação no Estado do Ceará, estampava as suas
páginas com uma notícia que mais tarde teria repercussão nacional: Crime
de pistolagem - Prefeito do interior do Ceará é assassinado. O prefeito
vítima desse crime era do município de Acaraú, João Jaime Filho, morto
com um tiro no olho direito, no início da noite de oito de maio do ano
de 1998, quando trabalhava em seu escritório, em Fortaleza. A notícia da
época relatava que “os pistoleiros renderam a secretária da vítima e um
filho dela, invadiram a sala e executaram “Joãozinho”, como era
carinhosamente chamado”.
João
Jaime Ferreira Gomes Filho, casado, na época com 53 anos, teve morte
imediata. O caso obteve repercussão e provocou uma série de
investigações na Delegacia do 4º Distrito Policial (Pio XII -
Fortaleza). As investigações avançaram e a justiça chegou a condenar a
15 anos e 17 anos de prisão respectivamente Francisco de Assis Mendes
Barbosa, o Pantico, que mais tarde se envolvia em um outro crime; e
André de Castro Feitosa. Além de Pantico, a Polícia indiciou os irmãos
Amadeu Ferreira Gomes, o Amadeuzinho, na época vice-prefeito de Acaraú,
julgado e condenado no dia 3 de junho de 2005, pelo Conselho de Sentença
do 6º Tribunal do Juri, a quatro votos a três a 14 anos de prisão.
Aníbal Ferreira Gomes, que por decisão do procurador-geral da República,
Geraldo Brindeiro e por insuficiência de provas, requereu em Brasília, o
arquivamento do inquérito.
Com
relação a condenação de Amadeuzinho, a defesa através dos advogados
Clayton Marinho e Leandro Vasques recorreram da sentença junto ao
Tribunal de Justiça do Estado sob a alegação de que o seu constituinte
fora julgado contra as provas dos autos. Pediram a anulação do júri e ao
mesmo tempo solicitaram um novo julgamento.
Manuel
Duca da Silveira Neto “Duquinha” também chegou a ser citado como
envolvido no caso, porém negou a acusação. Duquinha, foi denunciado em
dezembro de 1998 pelo procurador-geral da Justiça, Nicéfero Fernandes.
No seu depoimento na 2ª Vara Criminal do Tribunal em setembro de 1999,
Duquinha negou qualquer envolvimento na morte de João Jaime. O advogado
Paulo Quezado recorreu da denúncia junto ao Tribunal da Justiça.
Uma
pessoa considerada testemunhas-chave no processo que apurou o crime de
“Joãozinho”, Francisco Paixão de Castro, 43 anos, corretor de imóveis,
foi assassinado na manhã do dia 16 de maio de 2007, com quatro tiros, na
Rua Barão de Vasconcelos, no bairro Rodolfo Teófilo. Em março do ano
passado o Ministério Público do Estado do Ceará, através da 4ª
Promotoria de Justiça do Júri, ofereceu denúncia contra “Pantico”;
Benevides Pereira Moura, o ´Bené´; Antônio Ivanilson Soares Cunha, o
´Nego Cunha´; e José Clóvis de Souza, como envolvidos na morte Francisco
Paixão de Castro.