Pároco de Bela Cruz e destacado sacerdote, Padre Emídio Moura, publicou hoje 06/05, em sua pagina na internet (fan page) o texto "A busca da Felicidade" onde destaca a fé como saída de limitações, confira o texto:
A
BUSCA DA FELICIDADE
Por
muito tempo as pessoas buscaram a felicidade numa dimensão espiritual, que nós
poderíamos chamar de uma vida em harmonia com o universo, com os outros seres
humanos e com Deus. Algumas décadas faz que então as pessoas começaram a buscar
a felicidade na aquisição e usufruto dos bens de consumo. Felicidade já não
estaria na harmonia, mas no consumir. Aqueles que conseguiram comprar tudo que
precisavam acrescentaram um novo padrão de consumo. Já não bastava ter um
sapato de salto, uma bolsa de mão, um vestido longo. Precisava ser aquele
sapato, aquela bolsa e aquele vestido de marca tal. Daí um mesmo sapato com o
mesmo conforto e design pode variar em seu preço de 1000%. Porque já não é só
um calçado confortável, mas ostentação de poder de consumo.
A
partir de então se criaram dois problemas graves. Primeiro: quem usa o sapado,
a bolsa e o vestido ou terno de marca paga muito caro por ele e ainda não se
sente feliz como queria. Segundo: os que não podem usar o mesmo sapato, a mesma
bolsa, o mesmo vestido ou terno se sentem infelizes, e pensam que são assim
porque não têm aqueles bens de consumo que tanto desejam. Aí, os segundos
ameaçam os primeiros com a violência e assaltos. E ambos estão insatisfeitos e
sentem desprezo pelos outros. Os ricos desprezam os pobres como gentalha e
mundiça, etc. Os pobres desprezam os ricos como exploradores, desonestos e
causa de sua infelicidade.
Hoje
os ricos amanheceram ricos, contemplando seus sapatos de luxo e suas bolsas
caríssimas, mesmo assim, tensos e insatisfeitos com a vida. Os pobres
amanheceram pobres, com ódio por não poderem comprar aqueles sapatos e aquelas
bolsas. Alguns pobres estão até planejando um assalto para ter mais dinheiro. A
fim de comprar os desejados bens de consumo. E deste modo pobres e ricos estão
infelizes. Simplesmente porque a nova receita de felicidade é falsa. E falsa
também é a idéia de que um ano novo, ou um novo mandatário vai resolver o
problema. Que haverá uma mudança qualitativa sem a ação coletiva dos homens.
E só haverá ação
coletiva em favor de todos quando cada um desacelerar os impulsos do desejo.
Impulsos que são estimulados pela falsa idéia de que consumir traz felicidade,
pela busca de se sentir importante no grupo social e pela carga de propaganda
dos meios de comunicação. E mais: quando puser um freio no próprio egoísmo.
Para vencer o egoísmo o homem precisa contemplar a vida de um horizonte mais
amplo. Sair dos estreitos limites de quem se entende apenas como um ser
carente. Acolher a vida como um dom superior e a convivência como uma
oportunidade de espalhar bondade e amor. Conter o impulso de reação para não
perder de vista o sonho que o inspirou no começo. Quanta gente começou tão bem,
mas se pôs a reagir aos contrários e perdeu de vista o sonho e, mais ainda, aqueles
que poderiam estar consigo ajudando a construir seu sonho. Para alcançar este
horizonte mais vasto a fé é um instrumento indispensável. Pois, a fé sadia nos
liberta da angústia de quem só tem o presente, o qual deve ser potencializado
ao máximo. A fé nos arranca da limitação do corpo frágil e transitório, e nos
ensina que podemos sintonizar com alguém forte e perene que é Deus. E que este
Deus recolherá cada momento, cada gesto, cada atitude de paciência, esperança e
amor. PARE, PENSE, DECIDA-SE E AJA COM PERSEVERANÇA!
Bela Cruz, 05/05/2013.
Pe. Emidio Moura Gomes
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