A indústria
moveleira do Ceará está prestes a obter uma independência que pode significar
uma nova era para o setor. As 28 indústrias que formam o 8º maior Polo
Moveleiro do País, em Marco, município da região do Baixo Acaraú, no noroeste
do Estado, poderão deixar de importar do Pará, Bahia e Sul do País a madeira
utilizada como matéria-prima e passar a produzir sua própria. Com isso, os
custos para produção de mobiliário poderá cair até 15% e os gastos com frete
zerar.
As empresas que
compõem o Arranjo Produtivo Local (APL) de Marco conseguiram junto à Embrapa
Agroindústria Tropical que fosse implantada no município uma área de testes
para 38 espécies arbóreas e mais seis clones de híbridos de eucalipto para a
indústria moveleira local. As espécies são nativas de algumas regiões do
Brasil, não nativas e exóticas.
As grandes redes
de lojas, como Macavi, Zenir e Magazine Luiza, são alguns dos principais
compradores, assim como as lojas voltadas exclusivamente para decoração. Mas as
pequenas redes de lojas do Interior estão ganhando cada vez mais espaço entre
os clientes do APL de Marco.
Hoje, 50% da produção fica com as capitais e os 50% restantes ficam no
Interior. Há cinco anos, no Ceará, Fortaleza respondia por mais da metade da
comercialização. No estado, boa parte dos clientes pessoa física das indústrias
de Marco vem da região norte (Acaraú e Sobral). De Fortaleza são poucos os que
vêm comprar na região.
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