Minha Mãe, sentada à mesa, escrevia
Uma carta, tão antiga e rebuscada;
E nessa antiga carta ela me via,
Habitante das épocas passadas.
Foram palavras que jamais um dia
Pudera eu ler de forma organizada;
Soavam qual se fossem a profecia
Que se cumpriu enfim neste meu nada.
Era uma carta de areia e vento,
Emoldurada no cristal do tempo
E como as águas claras se esvaía.
Carta que foi o meu princípio e fim:
Dela nasceu o Caminho por que vim
E onde minha Mãe o meu Destino lia
Dimas Carvalho
Colunista do Vale do Acaraú Noticias
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