Na peixaria O Fernandes, o aumento será de 0,5% Foto: Vale do Acaraú Notícias |
Já
estamos a três semanas da Semana Santa, época em que os católicos relembram a
paixão e morte de Cristo. Neste período, as pessoas que guardam a tradição católica
preferem comer carne de peixe, que geralmente nesta época do ano fica com o
preço mais caro. Mas em Acaraú, o aumento do peixe não será tão substancial nas
peixarias, segundo comerciantes. Conforme Stanley Pinho Fernandes, proprietário da Peixaria O Fernandes,
no bairro de Outra Banda, em Acaraú, a partir da próxima segunda-feira o
quilograma de cada peixe aumentará 0,5%. “Aqui aumenta muito a procura do peixe
próximo a Semana Santa, mas nós não nos aproveitaremos disso, sendo uma das
peixarias que terão o menor percentual de aumento entre as existentes em Acaraú”,
declarou Stanley.
O
peixe mais caro na peixaria é o filé de dourado, cujo quilograma é vendido hoje
a R$ 20,00 e será vendido a R$ 21,00. Já o quilo da cavala, que conforme o
vendedor da peixaria O Fernandes, Cláudio Anázio Marques da Guia, é um dos
peixes mais procurados pelos clientes, passará a ser comercializada de R$ 13,00
para R$ 14,00. O quilograma do beijupirá passará de R$ 10,00 para R$ 11,00.
Em
outra peixaria, a WP Pescados, no bairro de Outra Banda, em Acaraú, não haverá
aumento no preço do quilo do peixe. A cavala continuará a ser vendida a R$
14,00; já o filé de sirigado, a R$ 27,00; e o quilo do beijupirá é vendido a R$
10,00.
A professora acarauense Mayara Monteiro, de 23 anos, que também é católica e cuja família tem a tradição de consumir peixe na semana santa, acredita
que o aumento no preço do peixe terá um aumento substancial mais próximo ao período. “Os comerciantes aproveitam para aumentar o preço do
peixe próximo a semana santa, porque sabem que a maioria faz o jejum da carne,
aí aproveitam, e sobem o preço do produto”, opinou. Conforme
Mayara, essa prática de aumento considerável no preço do peixe é condenada
inclusive em algumas pregações de padres.
Para
a estudante acarauense, Cinara Araújo, de 21 anos, que é católica e de família
católica, comer peixe na semana santa já é tradição. “Mais do que um valor
material, comer peixe tem um profundo significado simbólico da fé. E quando
falo de jejum não e so de deixar de comer não, é deixar de fazer algo por
determinado tempo, um sacrifício. Na minha casa, na semana santa, não comemos
carne vermelha”, destacou.
Quanto
ao aumento que geralmente ocorre próximo a data do preço do peixe, Cinara acredita
também que os comerciantes aumentam o valor do produto substancialmente, mas diz
que sua família não sente muito no bolso. “Meu irmão é pescador então não falta
peixe aqui em casa nem para meus irmãos e outros familiares, então não sentimos
tanto o aumento”, disse.
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