quarta-feira, 6 de março de 2013

Comerciantes de Acaraú dizem que aumento do preço do peixe será irrisório na semana santa; população não acredita

Na peixaria O Fernandes, o aumento será de 0,5%
Foto: Vale do Acaraú Notícias

Já estamos a três semanas da Semana Santa, época em que os católicos relembram a paixão e morte de Cristo. Neste período, as pessoas que guardam a tradição católica preferem comer carne de peixe, que geralmente nesta época do ano fica com o preço mais caro. Mas em Acaraú, o aumento do peixe não será tão substancial nas peixarias, segundo comerciantes. Conforme Stanley Pinho Fernandes, proprietário da Peixaria O Fernandes, no bairro de Outra Banda, em Acaraú, a partir da próxima segunda-feira o quilograma de cada peixe aumentará 0,5%. “Aqui aumenta muito a procura do peixe próximo a Semana Santa, mas nós não nos aproveitaremos disso, sendo uma das peixarias que terão o menor percentual de aumento entre as existentes em Acaraú”, declarou Stanley.
O peixe mais caro na peixaria é o filé de dourado, cujo quilograma é vendido hoje a R$ 20,00 e será vendido a R$ 21,00. Já o quilo da cavala, que conforme o vendedor da peixaria O Fernandes, Cláudio Anázio Marques da Guia, é um dos peixes mais procurados pelos clientes, passará a ser comercializada de R$ 13,00 para R$ 14,00. O quilograma do beijupirá  passará de R$  10,00 para R$ 11,00.
Em outra peixaria, a WP Pescados, no bairro de Outra Banda, em Acaraú, não haverá aumento no preço do quilo do peixe. A cavala continuará a ser vendida a R$ 14,00; já o filé de sirigado, a R$ 27,00; e o quilo do beijupirá é vendido a R$ 10,00.
A professora acarauense Mayara Monteiro, de 23 anos, que também é católica e cuja família tem a tradição de consumir peixe na semana santa, acredita que o aumento no preço do peixe terá um aumento substancial mais próximo ao período. “Os comerciantes aproveitam para aumentar o preço do peixe próximo a semana santa, porque sabem que a maioria faz o jejum da carne, aí aproveitam, e sobem o preço do produto”, opinou. Conforme Mayara, essa prática de aumento considerável no preço do peixe é condenada inclusive em algumas pregações de padres.
Para a estudante acarauense, Cinara Araújo, de 21 anos, que é católica e de família católica, comer peixe na semana santa já é tradição. “Mais do que um valor material, comer peixe tem um profundo significado simbólico da fé. E quando falo de jejum não e so de deixar de comer não, é deixar de fazer algo por determinado tempo, um sacrifício. Na minha casa, na semana santa, não comemos carne vermelha”, destacou.
Quanto ao aumento que geralmente ocorre próximo a data do preço do peixe, Cinara acredita também que os comerciantes aumentam o valor do produto substancialmente, mas diz que sua família não sente muito no bolso. “Meu irmão é pescador então não falta peixe aqui em casa nem para meus irmãos e outros familiares, então não sentimos tanto o aumento”, disse.

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