Em boletim semanal datado de 10 de junho, a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará divulgou o número de casos de dengue de janeiro até o presente momento. Na 12ª Coordenadoria Regional, do Baixo Acaraú, foram atestados no período 43 casos da doença, representando 20,48 casos de incidência por 100 mil habitantes, colocando os municípios desta região em risco moderado.
O Município de Marco apresenta a maior incidência de casos por habitante, de 48,73 por 100 mil habitantes, totalizando 12 casos confirmados; seguido deBela Cruz, com incidência de 29,13 por 100 mil habitantes, com 9 casos confirmados; Acaraú, vem em seguida, com incidência de 23,74 por 100 mil habitantes, apresentando 13 casos confirmados; Morrinhos aparece em quarto lugar, com 22,03 de incidência, com cinco casos confirmados; Itarema apresenta incidência de 8,21 e três casos confirmados; e Jijoca dispõe de 5,93 de incidência a cada 100 mil habitantes, apresentando um caso confirmado.
O Município de Cruz não apresentou nenhum caso, sendo nula a incidência da doença. Na região do Baixo Acaraú, foram atestados ao todo 43 casos, frente aos 28.101 casos confirmados em todo o Estado do Ceará. A incidência de casos por 100 mil habitantes na região do Baixo Acaraú ficou em 20,48 casos, contra os 328,75 a nível estadual. Os resultados podem ser conferidos por meio do site: http://geolivre.saude.ce.gov.br/dengue/pdf/boletim.pdf
Confira a tabela divulgada pela Secretaria de Saúde referente ao Baixo Acaraú:
Saiba Mais
A Dengue é classificada como uma virose, ou seja, uma enfermidade causada por vírus. O vírus é transmitido para uma pessoa saudável através da picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes Aegypti.
Esta doença pode se manifestar de duas maneiras: a dengue clássica e a dengue hemorrágica.
Dengue Clássica
Os sintomas são mais leves. O doente tem febre alta, dores de cabeça, nas costas e na região atrás dos olhos. A febre começa a baixar a partir do quinto dia e os sintomas, a partir do décimo dia. Na forma clássica, dificilmente ocorrem complicações, porém alguns doentes podem apresentar quadros de hemorragias leves na boca e também no nariz.
Dengue hemorrágica
Oocorre quando a pessoa pega a doença por uma segunda vez.
Neste caso a enfermidade apresenta-se de forma mais grave. Nos cinco dias iniciais, os sintomas são semelhantes ao do tipo clássico. Contudo, a partir do quinto dia, alguns doentes podem apresentar hemorragias (sangramentos) em vários órgãos do corpo e choque circulatório. Podem ocorrer também vômitos, tontura, dificuldades de respiração, dores abdominais fortes e contínuas e presença de sangue nas fezes. Não acontecendo um acompanhamento médico e tratamento adequado, a pessoa doente pode falecer.
É no verão que esta doença faz um número maior de vítimas, pois o mosquito transmissor encontra excelentes condições de reprodução. Nesta época do ano, as temperaturas altas e o alto índice pluviométrico (grande quantidade de chuvas), aumentam e melhoram o habitat ideal para a reprodução do Aedes Aegypti: a água parada. Lata, pneus velhos, vasos de plantas, caixas d’água e outros locais deste tipo são usados para fêmea deste inseto depositar seus ovos. Outro fator que torna os grandes centros urbanos locais preferidos deste tipo de inseto é a grande quantidade de seu principal alimento: o sangue humano.
Como não existem formas de acabar totalmente com o mosquito, a única maneira de combater a doença é por fim aos locais onde a fêmea se reproduz.
Tratamento:
No caso da dengue clássica, não há um tratamento específico. Os sintomas são tratados e recomenda-se descanso e alimentação baseada em frutas, legumes e líquidos. Os doentes não podem tomar analgésicos ou anti-térmicos com base de ácido acetil-salicílico (Aspirina, AAS, Melhoral, Doril, etc.), pois estes favorecem o surgimento e desenvolvimento de hemorragias no organismo.
No caso mais grave, a hemorrágica, deve haver um rigoroso acompanhamento médico em função dos possíveis casos de agravamento, com perdas de sangue e até mesmo choque circulatório.
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