Assembleia do campus de Acaraú ocorrida hoje |
Os servidores docentes e técnico-administrativos do campus de Acaraú do Instituto Federal do Ceará (IFCE) estão em greve desde o dia 1º de agosto. No campus, não foram iniciadas as aulas do semestre 2011.2 dos cursos técnicos e superiores, previstas para terem iniciado nessa data. Na unidade, funcionam apenas os serviços essenciais, como recebimento de material, pagamentos, instalação de infraestrutura, entre outros. Os servidores que trabalham em atividades essenciais estão em seus setores apenas no período da manhã.
O comando da greve organizou um cronograma de atividades culturais, no período da manhã e da tarde, com filmes e documentários, para ocupar os servidores quando os mesmos não estão em suas funções. No período da manhã, os alunos do campus são convidados a participar das atividades culturais. Assembleia ocorre periodicamente para avaliar o andamento do movimento.
Dos doze campi do IFCE, apenas dois, os de Sobral e Cedro, não deflagraram ainda greve, por não ter havido ainda assembléia para votar pela adesão ou não ao movimento. Todos os outros campi, incluindo o de Acaraú, encontram-se com as aulas paralisadas por tempo indeterminado. A paralisação dos servidores do IFCE é encabeçada pelo Sindicato dos Servidores do Instituto Federal do Ceará (Sindsifce).
Entre os motivos da paralisação estão o Projeto de Lei (PLP) Nº 248/98, que possibilita a demissão de servidores públicos, caracterizando-se então o caráter punitivo aos mesmos; o PLP Nº 549/2009, que congela por dez anos os salários dos servidores públicos; além disso, os servidores cobram que seja enviada até 31 de agosto nova proposta salarial, visto que esta é a data limite prevista em Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que os salários sejam reajustados, salários que apresentam uma defasagem de 15% atualmente. Soma-se à lista de reivindicações, pendências com relação a carreira dos servidores.
O Engenheiro Civil do campus de Acaraú do IFCE, Humberto Cysne, que faz parte do comando de greve na unidade, explica que “a greve não tem por objetivo prejudicar os alunos nem a comunidade, mas caracteriza-se como um instrumento para exigir-se que sejam respeitados os direitos dos servidores”.
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