segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ministério do Trabalho evita fraudes e garante verbas do seguro-defeso


O Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) economizou R$ 1,4 milhão evitando pagar o seguro-defeso a falsos pescadores no estado no período de um ano, de acordo com o documento "O seguro-defeso no Ceará", divulgado na última sexta-feira, dia 27. O órgão adotou medidas preventivas que evitou que moradores de comunidades pesqueiras se cadastrem como pescadores - sem exercer a profissão. O benefício é pago pelo governo federal, repassado pelo Ministério do Trabalho. No ano passado, o valor total pago com seguro-defeso foi de R$ 30,3 milhões.
No período de proibição da pesca, na época da reprodução dos animais, os pescadores não podem pescar. Portanto, os pescadores cadastrados recebem um salário mínimo do Ministério do Trabalho. Daí a importância do pescador procurar as Colônias de Pesca e Sindicatos para manterem-se regularizados. No Ceará, não se pode pescar peixes de fevereiro a abril; e lagosta de dezembro e maio. 
Para a maior parte dos pescadores, o seguro-defeso é a única fonte de renda durante proibição da pesca (três meses para peixes e seis meses para a lagosta). 
O pescador de lagosta Antônio Ericlaudio Rodrigues de Itarema, na região do Baixo Acaraú, diz que durante seis meses o único dinheiro que recebe é o salário do seguro-defeso. Em 2011, administrando o seguro do benefício, ele fez a reforma na casa e manutenção do barco, que é usado de forma intensa quando a pesca volta a ser liberada.
“A gente fica servindo-se desse seguro-desemprego porque passa o ano todinho pescando nos meses válidos para a gente pescar lagosta e é somente para dar o sustento, a manutenção da família da gente, quando chega no período final da pesca nós temos uma dificuldade porque às vezes a gente termina o ano sem nada, mas só que ficamos ali com uma esperança, confiando que vai receber seguro-desemprego para pagar uma dívida a mais, para fazer um conserto num barco, comprar alguma fazer um piso, fazer um reboco”, conta Antônio.

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